terça-feira, 9 de julho de 2013


Poucas são as bandas que têm a capacidade de se manter firme no cenário musical, arrastando multidões para seus shows após anos de carreia. No universo brazuca, temos como exemplo Os Paralamas do Sucesso, que estão completando 30 anos de estrada em plena forma. No total, foram 10.958 dias, o que equivale a 22 anos com 365 dias e oito anos bissextos, com 366 dias cada, no período de 1983 a 2013. Para comemorar as três décadas, a banda saiu em turnê pelo Brasil e está demonstrando a boa e velha porta de entrada para o sucesso: talento. Mas talento de verdade, a qualidade musical deles é altíssima, os músicos evoluíram bastante ao longo dos anos.

Considerados como parte da “Turma de Brasília”, por terem vivido e criado amizade com as bandas locais, os Paralamas formaram a banda no Rio de Janeiro. Herbert Vianna e Bi Ribeiro se conheceram em Brasília, quando eram crianças, por serem vizinhos. Em 1977, se reencontraram no Rio, no colégio militar, e resolveram formar a banda. Dois anos depois, o baterista Vital se uniu ao grupo. Se separaram em 1979 para prestar vestibular e, em 1981, se reuniram.

O nome “Paralamas do Sucesso” foi invenção de Bi. Inicialmente, Herbert só tocava e o grupo tinha dois cantores: Ronel e Naldo, que saíram em 1982, mesmo ano em que Vital foi substituído por João Barone, após faltar a uma apresentação na Universidade Rural do Rio. O ex-baterista foi protagonista de “Vital e sua moto”, música que foi muito tocada durante o verão de 83. A primeira grande apresentação dos rapazes foi quando abriram um show para Lulu Santos no Circo Voador.

A estréia foi com “Cinema Mudo”, em 1983, e, desde então, ocupa posição de destaque dentro do rock nacional. No ano seguinte, lançaram o álbum “O Passo do Lui”, que abraçava uma sequência de sucessos — “Óculos”, “Me Liga”, “Meu Erro”, “Romance Ideal” e “Ska”), que foi aclamado pela crítica, levando a banda a tocar no Rock in Rio, show o qual foi considerado um dos melhores da primeira edição do festival.

Álbuns e mais álbuns foram lançados, e, consequentemente, fãs foram conquistados pelo ritmo dos Paralamas. Com um amplo leque de opções, eles estão percorrendo diversos estados brasileiros com um show que reúne os maiores sucessos da banda em um repertório com mais de 30 músicas. De fato, conseguiram passar a carreira a limpo através da turnê. O setlist ainda conta com sucessos de bandas como Led Zeppelin, The Clash, dos ingleses do The Police, que foram grandes influenciadores do trio, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Lulu Santos.  

Tive a oportunidade de ir a um dos shows que eles fizeram aqui no Rio de Janeiro e posso comprovar: os caras estão cada vez melhores. Eles conseguiram alinhavar as músicas de uma forma única, fazendo com que o show não tenha nenhum ponto mais baixo, posso dizer que a apresentação deles não está fazendo aquela clássica curva, com pontos mais fortes nas pontas, é algo linear, que faz o público cantar e se emocionar do início ao fim. Mais rock em certos momentos, mais afro-caribenhos em outros, conseguem fazer com que todos soltem a voz e cantem junto o tempo todo.




Tudo isso sem contar com a parte visual do show, que é um espetáculo à parte. Um telão de led compõe o cenário e, nele, são projetadas fotos, vídeos, trechos de clipes de músicas que estão no repertório e imagens marcantes da carreira da banda. A produção caprichou nos elementos visuais. Telão, luzes e som se unem em uma combinação perfeita, levando um show inesquecível aos fãs, sejam eles jovens os mais antigos, que acompanham a banda desde o início da carreira.



O dia a dia da turnê vai virar documentário e será exibido no Canal Bis, com perspectiva de lançamento em DVD até o fim deste ano. Os Paralamas do Sucesso também estão preparando o relançamento da discografia em uma caixa, que trará ainda um disco com faixas não lançadas nos álbuns oficiais. “O Passo do Lui” e “Selvagem” terão reedição em vinil.

E fica a dica da Comissão, é show para assistir mais de uma vez e enlouquecer com a banda, com as linhas de baixo de Bi, com a bateria de Barone e com Herbert e sua guitarra.

Aqui vai uma amostra grátis do espetáculo:


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