sábado, 25 de maio de 2013

Eu sempre fui contra essa classificação de melhores ou piores bandas, porque eu acho isso uma tremenda babaquice (desculpa o termo). Primeiro porque geralmente quem promove esse tipo de avaliação não segue nenhum critério. Segundo porque muitas vezes essas grandes mídias que fazem esse tipo de análise estão comprometidas até o pescoço com a Indú$tria Cultural, por isso não conseguem fazer uma classificação neutra e decente de seus objetos de pesquisa. Mesmo assim fazem essas listas, porque gera polêmica e polêmica "vende bem"


Na semana passada a revista Rolling Stone divulgou uma lista das piores bandas dos anos 90, fruto de uma enquete respondida pelos leitores. E as bandas selecionadas foram essas:

1. Creed
2. Nickelback
3. Limp Bizkit
4. Hanson
5. Nirvana
6. Hootie and the Blowfish
7. Bush 8. Spin Doctors
9. Ace of Base
10. Dave Matthews Band

Sobre o "ranking" eu nem vou entrar no mérito de que essas bandas pela história delas não mereciam estar numa lista dessas. Eu vou fazer só uma pergunta: será que a Rolling Stone ainda representa o rock?
Vamos ter que analisar a história da revista para respondermos essa questão:

Rolling Stone é uma revista mensal baseada nos Estados Unidos dedicada à música, política, e cultura popular.
(...)
A Rolling Stone, a princípio, foi uma revista dedicada à contracultura hippie da década. Contudo, a revista foi se distanciando dos jornais underground da época, como o Berkeley Barb,3 adotando padrões jornalísticos mais tradicionais e evitando as políticas radicais do jornalismo underground. Na primeira edição, Wenner escreveu que o Rolling Stone "não é só sobre música, mas sobre as coisas e atitudes que a música envolve." Isto se tornou o de facto motto da revista.
(...)
Na década de 1980 a revista mudou-se para a cidade de Nova Iorque, para ficar mais próxima das agências de propaganda, e muitos dizem que sua mudança de cultura começou neste ponto. No início da década de 2000, encarando uma competição maior de revistas masculinas como FHM, a Rolling Stone reinventou-se contratando o ex-editor da FHM, Ed Needham. A revista começou a focalizar numa faixa etária menor, e oferecendo conteúdo mais orientado para cada sexo, o que levou freqüentemente a focalizar em sexy jovens atores de filmes ou televisão e também de música pop. Na ocasião alguns leitores fiéis protestaram contra a revista, dizendo que ela tinha caído de sua qualidade musical e observadora da contracultura para um tablóide superficial, com mais ênfases no estilo do que na substância. Desde então, Rolling Stone retornou a sua mistura tradicional de conteúdo, incluindo entrevistas políticas a fundo, e tem visto suas publicações (atualmente 1.4 milhões) e lucros subindo. Em 2007 o lucro da revista subiu 23,3 porcento.

Quem dá mais?

Esse trechos da Wikipédia dizem tudo, não é? Nem tem muito o que dizer... mas hoje em dia, falar de cultura não é a mesma coisa do que em décadas anteriores. O mercado está sempre pautando os veículos e lucra-se muito com uma abordagem de uma cultura massiva. E muitos veículos que tinham uma proposta de fazer um jornalismo cultural de qualidade acabaram sucumbindo aos poderes do capital; e é por essas e outras que o conteúdo perde a sua qualidade. Mas vocês que são fãs da Comissão do Rock, não se preocupem porque isso jamais vai acontecer com a gente, porque nós não estamos comprometidos com ninguém e temos compromisso em promover a cultura rocker, algo que sempre esteve em nossos planos.

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