segunda-feira, 3 de dezembro de 2012



    
    Durante a semana eu tentei fazer o que pude, mas tive de comentar de forma corrida algumas impressões que tenho sobre o rock no Brasil atualmente, devido ao final de período. Mas ainda sim temos um post bom aqui!

   É evidente que dia após dia o povo brasileiro vem cada vez mais abrindo mão de sua identidade, seduzidos pela mídia, e sem aparato crítico para interpretar as informações que recebem, sofrem um processo crescente de despersonalização enquanto brasileiros. E como toda a produção humana é um fenômeno social complexo que realiza diversas conexões com outras áreas, o mundo da música não escaparia disso. Muito menos o Rock.

   Tenho observado pela internet através das redes sociais e fóruns o culto absurdo a cultura européia como se fossem muito melhores que a nossa. Bandas de folk metal que são genéricas pra caralho com sua temática pagã supostamente mais interessante que a umbanda brasileira ou culturas indígenas. Por quê?

   Sepultura representou grandiosamente a identidade brasileira com a característica sonoridade tribal da bateria do Igor e ganharam o mundo com isso. Porque o menosprezo a nossa cultura então por parte dos fãs?

   Preciso comentar aqui uma experiência que tive ao ouvir alguns trabalhos do Gilberto Gil, como o álbum Expresso 2222 que muito embora não seja rock n roll, o músico conseguiu unir muito bem algumas sonoridades brasileiras com o rock. Faixas como “Sai do Sereno” com uma guitarra fazendo vezes de um ritmo bem nordestino enquanto a bateria come solta no melhor estilo John Bonham, com bastante variação. E porque diabos faço essa comparação com um estrangeiro? Mania entranhada no brasileiro de se ver em relação de inferioridade com europeus.

   Secos e Molhados também utilizavam boas influências brasileiras mescladas com o rock n’ roll, assim como diversas outras bandas lembradas somente por aqueles que ainda possuem um carinho com a sua cultura.

   É preciso, que urgentemente voltemos nossa atenção para o passado, estudemos a formação do nosso povo para não esquecermos de quem somos. Ou você acha que substituir sua foto no facebook por uma de algum Guarani-Kaiowá vai mudar alguma coisa?

   Deixo aí uma reflexão e algumas indicações pra vocês meus caros.

   E que tal botar uns gringos para tocar tambor?

1 comentários:

  1. Boa Neander, um exemplo bem lembrado que você deu. Por que uma banda de folk que utilizam a mitologia européia sendo que é brasileira, falta de conhecimento sobre nossa mitologia não é, pois existe o google e muitas bibliotecas para procurar, existem povos indigenas para saber sobre a cultura... Por mais que seja bem executado o trabalho, porque não o nosso folclore?

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