O Brasil acordou com uma triste notícia: Chorão foi encontrado morto em seu apartamento.
O tempo foi passando e cada vez mais pessoas ficaram sabendo do fato. A morte do líder do Charlie Brown Jr. caiu na boca do povo, foi se espalhando e, agora, é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, quiçá o mais falado. De fato, ele marcou a adolescência de muitas pessoas, inclusive da que vos escreve. De forma discreta, mas sempre ouvi algumas músicas da banda.
Como não poderia ser diferente, posts e mais posts sobre o
Chorão tomaram conta dos trending topics, no Twitter, do feed de notícias de nossas contas do
Facebook, enfim, fomos bombardeados por frases, fotos e textos que
faziam alguma referência ao músico. Muitos fãs
estão lamentando a perda do ídolo. Também há
quem preste homenagens simplesmente porque o admirava, ninguém
precisa ser nenhum fã enlouquecido para enviar sua coroa de
flores via redes sociais, com uma mensagem de adeus.
Porém, há uma coisa que sempre acontece quando um
artista morre: ele ganha vários admiradores. Isso não
pode acontecer? Pelo contrário, quem me dera que todos
procurassem ouvir músicas de pessoas que não pertencem
mais a este planeta! A questão é o amor repentino que
surge no coração de algumas pessoas, que passaram a
idolatrar o Charlie Brown Jr. e suas músicas na manhã
de hoje. “Amor” que semana que vem, provavelmente, não
existirá mais. Algumas pessoas começam a endeusar
artistas após sua morte.
Obviamente, não dá para ficar apontando quem é
fã e quem está falando algo única e
exclusivamente porque o assunto do dia é a morte do Chorão.
Porém, sempre tem gente que quer se passar por fã sem
saber nada a respeito da banda e não faz a menor questão
de pesquisar para saber se está falando besteira ou não.
Vejam uma das pérolas do Facebook:
E 15 pessoas curtiram! |
São atitudes lamentáveis. Infelizmente, existem pessoas
que perdem a oportunidade de não publicar um post. A frase
mais conhecida é: “todo mundo vira fã depois que um
artista morre”. Entretanto, não é verdade. Nem todo mundo se torna fã. É claro que
existem pessoas que semeiam uma admiração, surge uma
curiosidade, uma vontade de ouvir músicas de determinado
cantor que faleceu ou de assistir filmes, quando se trata de um ator.
Mas não é uma regra, muitos esquecem do trabalho da
pessoa semanas depois.
Pior que isso, são os pré-julgamentos. “Ah, o cara era
tatuado e skatista, só podia ser maconheiro, morreu de
overdose!”. Em partes, é um assunto que tem uma relação com outro
post da Comissão. Ele aborda a questão dos
esteriótipos e da imagem de quem ouve músicas de Justin
Bieber, por exemplo, e de quem ouve punk rock. É o velho
preconceito: se você ouve músicas mais românticas,
é uma boa pessoa; se você ouve rock, é drogado e
não presta.
Por fim... Vá em paz, Chorão! Sua geração agradece pelas músicas e belas poesias que você deixou.
Como eu nunca gostei, não postei nada. Chatíssimo isso de todo mundo virar o melhor cantor do universo depois que morre. Claro, as vezes alguns cantores estão esquecidos e a gente acaba lembrando -Eita, eu gostava daquela musica tal. Mas, eu não viro fã de cantor depois da morte.
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