Há quem deixe o
bom e velho rock entrar por seus ouvidos e frequente igrejas? Sim! Há
quem diga que isso é errado? Sim! Há quem diga que rock
é do diabo e que uma pessoa que ouve músicas do gênero
não deveria colocar os pés numa igreja? Infelizmente,
sim. Sem levantar a polêmica questão conhecida por nós
como “religião”, sem preconceitos e afins, vale analisar o assunto.
Você sabia que o
advento do rock tem um pezinho na igreja? Ele é decorrente de
gêneros como country, blues, soul e gospel. Sim, gospel!
Certamente, todos nós já nos deparamos com alguma
situação preconceituosa quando rock e igreja fazem
parte de uma mesma conversa. Afinal de contas, por que começaram
a dizer que o estilo musical é coisa do diabo?
Tal pensamento é
conhecido desde os primórdios, quando o rock surgiu e tomou conta
do gosto dos adolescentes. Tudo aconteceu nos subúrbios
estadunidenses e, assim como adoradores, as músicas também receberam ácidas
críticas, já que, para alguns, o “novo rock” era
satânico.
Muitos pais condenavam
o ritmo ao ver que os filhos viravam noites dançando. Para eles, era um comportamento errado, que se
desviava dos hábitos e costumes que entendiam por “corretos”.
Se desviarmos um pouco a rota e enxergarmos sob o viés do
blues, encontraremos as histórias americanas que dizem que os
músicos vendiam suas almas e sua fé para o diabo em
troca de sucesso no universo musical.
O rock era — e ainda
é — visto pela igreja como uma forma de rebeldia que faz
alusão à violência, ao sexo e à luxúria.
Ela dizia que o gênero ataca tudo que possa impedir a
perseguição completamente desinibida do prazer, e essa
busca desenfreada do prazer seria condenada pelos religiosos. Para o
bem ou para o mal, há quem discorde.
“Sympathy For The
Devil”, “The Number Of The Beast”, “Hell's Bells” e
“Highway To Hell” são alguns exemplos de músicas
que levam religiosos à loucura. Vale ressaltar uma curiosidade
a respeito da música do Iron Maiden citada. Ela é uma
composição de Steve Harris que surgiu após um
pesadelo que o músico teve após assistir ao filme “A
Profecia 2” e começa com a citação:
“Woe to you, oh
earth and sea, for the Devil sends the beast with wrath because we
knows the time is short. Let him who hath understanding reckon the
number of the beast for it is a human number, it's number is: six
hundred and sixty six.”
Ela foi encarada como
satânica. Curiosamente, o trecho foi retirado da bíblia. Irônico?
E a lista de canções que seguem essa linha de
entendimento é enorme. Apesar dessa e de outras histórias
parecidas e, é claro, de um grande preconceito vindo de algumas
igrejas ser grande, existem muitas bandas de rock cristão no
cenário atual. É notório o crescimento dele na
indústria gospel, assim como é perceptível uma
aversão presente em ambos os lados: há quem defenda a
união e há quem encare como um absurdo.
Independente de
crenças, o rock, assim como todos os outros estilos, está
disponível para quem quiser ouvir e produzir. Mais rock e
compreensão, menos fanatismo e preconceito.
Por que essa necessidade de misturar toda as coisas? Pra mim elas funcionam muito bem separadas... quer ouvir uma pregação, dar dinheiro pra um pastor ter uma vida de luxo, tudo bem, não tenho nada contra, e pode dizer que sou adorador do capeta ou coisa assim. Agora não me venha com essa necessidade de misturar tudo, e dizer que ambas as coisas caminham juntas... rock tem uma natureza contestatoria, vanguardista, justamente o que mais a igreja abomina.
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