segunda-feira, 4 de março de 2013


    "E agora? E o 'leitin' das 'criança'? "

     A partir do momento em que você sai da sua banda, mesmo que você tenha fundado ela, muito provavelmente, se por acaso um dia você voltar pra ela, não terá o mesmo status de fundador. Ou melhor, até terá, mas seu salário com certeza será tão raso quanto o de um roadie.

   É preciso esclarecer algo. Se tratando de música, mais que expressão cultural, estamos falando sobre MERCADO.

   Mês passado uma notícia de que Dave Lombardo deixa o Slayer - por não concordar com a política administrativa da banda - provoca um grande sentimento de perda para os fãs, mesmo isso já tendo acontecido com o integrante.

   Esse acontecimento elucida bem que toda banda é como uma indústria que produz de acordo com a demanda, que precisa “fazer dinheiro” e que os colaboradores dessa banda - não importa quão “pica” ela seja - são funcionários nos mesmos moldes do funcionarismo da empresa que tú trabalha. Fãs, patetas que são ainda não se acostumaram com tal fato.
"It's all about money bitches!"

   Outro grande exemplo é o Bad Religion, que durante seus 30 anos de carreira trocaram de integrantes mais vezes que a Parris Hilton trocou de calcinhas. O melhor de tudo, que isso nem sempre estraga o som da banda. Quero ressaltar aqui o “nem sempre”, uma vez que grandes merdas nascem do comercial constantemente.

   Neste ponto da história, volto a repetir o que eu já disse em uma postagem. É preciso ouvir música com um senso crítico bem trabalhado, pra que numa hora dessas não façamos o que vi acontecer dia desses: Lágrimas saindo dos olhos de um metalhead. Motivo? Lombardo.

   Kerry King, que é literalmente o dono da banda, o cara que dá as cartas, apesar de dizer “Nah, não me sinto confortável para seguir sem Dave” é o sujeito que nos bastidores articula essas contratações e demissões. Não somente é o autor dessa demissão do Lombardo como também maquina a saída efetiva do guitarrista Jeff Hanneman, ausente por um demorado tratamento da sua saúde.

   Não culpo King. Ele não é o único. Lembram que em uma postagem passada, de minha autoria, onde fala dos Sabbath, e da não presença do Bill Ward? Pois então. Esse fenômeno se repete aí. O Senhor Ward com muita certeza não deve ter gostado de ter que assinar um contrato onde receberia menos que os outros membros da banda e ficou de fora. E isso acontece todos os dias. E nossos queridos músicos não devem ser culpados por isso. Quem faz pacto com o Diabo sabe da alma que tem, e dirigir uma indústria (lê-se banda) não é fácil.

   Fiquem aí com uma entrevista do King sobre os acontecimentos:

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