"E agora? E o 'leitin' das 'criança'? "
A partir do momento
em que você sai da sua banda, mesmo que você tenha fundado ela, muito
provavelmente, se por acaso um dia você voltar pra ela, não terá o mesmo status
de fundador. Ou melhor, até terá, mas seu salário com certeza será tão raso
quanto o de um roadie.
É preciso esclarecer
algo. Se tratando de música, mais que expressão cultural, estamos falando sobre
MERCADO.
Mês passado uma
notícia de que Dave Lombardo deixa o Slayer - por não concordar com a política
administrativa da banda - provoca um grande sentimento de perda para os fãs,
mesmo isso já tendo acontecido com o integrante.
Esse acontecimento
elucida bem que toda banda é como uma indústria que produz de acordo com a
demanda, que precisa “fazer dinheiro” e que os colaboradores dessa banda - não
importa quão “pica” ela seja - são funcionários nos mesmos moldes do funcionarismo
da empresa que tú trabalha. Fãs, patetas que são ainda não se acostumaram com
tal fato.
"It's all about money bitches!"
Outro grande exemplo
é o Bad Religion, que durante seus 30 anos de carreira trocaram de integrantes
mais vezes que a Parris Hilton trocou de calcinhas. O melhor de tudo, que isso
nem sempre estraga o som da banda. Quero ressaltar aqui o “nem sempre”, uma vez
que grandes merdas nascem do comercial constantemente.
Neste ponto da
história, volto a repetir o que eu já disse em uma postagem. É preciso ouvir
música com um senso crítico bem trabalhado, pra que numa hora dessas não
façamos o que vi acontecer dia desses: Lágrimas saindo dos olhos de um
metalhead. Motivo? Lombardo.
Kerry King, que é
literalmente o dono da banda, o cara que dá as cartas, apesar de dizer “Nah,
não me sinto confortável para seguir sem Dave” é o sujeito que nos bastidores
articula essas contratações e demissões. Não somente é o autor dessa demissão
do Lombardo como também maquina a saída efetiva do guitarrista Jeff
Hanneman, ausente por um demorado tratamento da sua saúde.
Não
culpo King. Ele não é o único. Lembram que em uma postagem passada, de minha autoria,
onde fala dos Sabbath, e da não presença do Bill Ward? Pois então. Esse fenômeno
se repete aí. O Senhor Ward com muita certeza não deve ter gostado de ter que
assinar um contrato onde receberia menos que os outros membros da banda e ficou
de fora. E isso acontece todos os dias. E nossos queridos músicos não devem ser
culpados por isso. Quem faz pacto com o Diabo sabe da alma que tem, e dirigir
uma indústria (lê-se banda) não é fácil.
Fiquem aí com uma entrevista do King sobre os acontecimentos: