terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


O rock pode ser representado por alguma cor, especificamente? Qual? Posso prever algumas respostas... “Pelo preto!”  


Talvez alguns estejam se perguntando qual foi o motivo que me levou a fazer uma pergunta que pode ser considerada um tanto óbvia por determinadas pessoas. Antes de tudo, vale lembrar que preto não é uma cor, e sim a ausência de luz. Enfim, vamos ao que interessa.

Apesar do preto ter uma forte relação com o nosso amado rock and roll, não são todos os seus tentáculos que fazem uso dele. Seu passado é multicolorido e irreverente. Como exemplo, temos os primórdios do rock, os anos coloridos e estilosíssimos, principalmente da New Wave.

Iron Maiden, década de 1980 – E quem disse que metaleiros só usam preto?

Pouco tempo atrás, a expressão que surgiu foi “happy rock”, ou o rock colorido, como é chamado por alguns, o qual, diga-se de passagem, está meio sumido do mapa, para a alegria dos fãs de boa música.

Tal banalidade da música pop nada mais é que um grupo de adolescentes que não sabem cantar e que são apresentados pela indústria simplesmente por conseguirem vender muitos discos mela-calcinha, shows e tantos outros produtos. As meninas compram, gritam, se descabelam e vestem-se da mesma forma.


Digo que não é rock pelo fato de suas roupas serem escandalosamente coloridas? Não, longe disso. Se a análise fosse dessa forma, bandas que realmente inovaram no cenário musical não seriam consideradas, nem mesmo os Beatles. Quem faz rock, tem algo a dizer, o que não é o caso de certas bandinhas porcamente moldadas.

O problema não está na cor, e sim nas mensagens que as bandas passam. As cores de antigamente saíam de um balde e pintavam o mundo com uma forma de se expressar, protestar e, até mesmo, de demonstrar seu amor por uma garota. O colorido dos anos 2000 não tem nada a acrescentar, o que vale tanto para as letras quanto para o ritmo e os vocais.  

Não consigo enxergar conteúdo nas letras, o que acontece também com as rimas. As melodias são péssimas e os cantores, desafinados. Ao ouvir, a sensação que tenho é a de que a música é interpretada por uma menina que deve ter cerca de 12 anos, desprovida de talento. É o tipo de música que, se o ouvinte não for uma criança e/ou tiver algum conhecimento musical, não consegue aguentar tal barulho invadindo seus tímpanos por 3 minutos.

“Happy Rock” é uma denominação criada pelo Restart, aqueles garotos com uma aparência um tanto diferente que, provavelmente boa parte das pessoas já teve o desprazer de ouvir, seja involuntariamente ou para saber do que se trata. Eles criaram o nome para não serem intitulados “Emos”.  

Vários veículos os chamam de fenômeno. Levando em consideração que um dos significados da palavra é “algo que nos impressiona de uma forma qualquer”, eu concordo, já que eles conseguiram arrastar fãs e mais fãs Brasil afora de forma muito rápida. Musicalmente falando, não os vejo de tal forma, eles são muito ruins, de fato, me desculpem os fãs.  

Para ilustrar tudo o que foi dito, que se aplica a toda e qualquer banda colorida que conheço, basta clicar aqui para assistir a um vídeo do Restart cantando o sucesso do Metallica, “Enter Sandman”.

Acima de cores, cortes de cabelo e afins, o rock é um gênero musical. A aparência, o estilo e a atitude contam pontos para um possível astro do rock? Por que não?! Entretanto, o mais importante de tudo é a qualidade da música que cada banda é capaz de produzir e espalhar por todos os cantos do planeta, é o feeling existente por trás de cada arranjo, de cada nota tocada.

Os fãs gostam de vestir camisetas de suas bandas favoritas, as quais geralmente são pretas. A maioria delas são escuras, mesmo notando que, cada vez mais, surgem roupas com outras cores, inclusive mais claras. Só que os ouvintes não precisam necessariamente vestir preto dos pés a cabeça para afirmar uma identidade. Creio eu que o mais importante está na forma de pensar e na música que entra pelos ouvidos de cada um.


Nos tempos atuais, onde a aparência não só fala pelas pessoas, mas grita, podemos notar facilmente jovens com uma extrema vontade de demonstrar admiração por bandas que, boa parte das vezes, são de classic rock. Talvez como uma auto-afirmação, um desejo de demonstrar que amadureceram e estão ouvindo “músicas de velho”. Por fora, é uma coisa. No fone de ouvido, é outra. É claro que isso não é nenhuma verdade absoluta, mas, convenhamos, cada um de nós conhece pelo menos um adolescente assim. É muita roupa e pouco rock.  

Concluindo, o rock e as cores combinam e sempre combinaram. O que estraga é a falta de qualidade em novos ídolos adolescentes. Como de costume, fiz uma rápida pesquisa no Google para ver o que andam falando por aí sobre o assunto. Encontrei um texto escrito por um jornalista do Estadão, vocês podem conferir a opinião dele aqui. Ao meu ver, como jornalista, ele deveria ter feito ao menos uma pesquisa mais profunda, apontando vários tópicos. Mas é a visão dele, concordemos ou não.

Por fim, vou aproveitar o gancho para compartilhar uma imagem. Enquanto eu finalizava o post, a seguinte foto apareceu na home do meu Facebook:



Obviamente, não é algo que se aplica a todos os fãs do Metallica e a pessoas que admiram o trabalho de bandas do gênero. Porém, é a realidade de alguns, isso é inegável. Assim voltamos aos esteriótipos, à louca vontade de afirmar uma identidade perante a sociedade.














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