O rock pode ser representado por alguma cor, especificamente? Qual?
Posso prever algumas respostas... “Pelo preto!”
Talvez alguns estejam se perguntando qual foi o motivo que me levou a
fazer uma pergunta que pode ser considerada um tanto óbvia por
determinadas pessoas. Antes de tudo, vale lembrar que preto não é
uma cor, e sim a ausência de luz. Enfim, vamos ao que
interessa.
Apesar do preto ter uma forte relação com o nosso amado
rock and roll, não são todos os seus tentáculos
que fazem uso dele. Seu passado é multicolorido e irreverente.
Como exemplo, temos os primórdios do rock, os anos coloridos e
estilosíssimos, principalmente da New Wave.
Iron Maiden, década de
1980 – E quem disse que metaleiros só usam preto?
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Pouco tempo atrás, a expressão que surgiu foi “happy
rock”, ou o rock colorido, como é chamado por alguns, o
qual, diga-se de passagem, está meio sumido do mapa, para a
alegria dos fãs de boa música.
Tal banalidade da música pop nada mais é que um grupo
de adolescentes que não sabem cantar e que são
apresentados pela indústria simplesmente por conseguirem
vender muitos discos mela-calcinha, shows e tantos outros produtos.
As meninas compram, gritam, se descabelam e vestem-se da mesma forma.
Digo que não é rock pelo fato de suas roupas serem
escandalosamente coloridas? Não, longe disso. Se a análise
fosse dessa forma, bandas que realmente inovaram no cenário
musical não seriam consideradas, nem mesmo os Beatles. Quem
faz rock, tem algo a dizer, o que não é o caso de
certas bandinhas porcamente moldadas.
O problema não está na cor, e sim nas mensagens que as
bandas passam. As cores de antigamente saíam de um balde e
pintavam o mundo com uma forma de se expressar, protestar e, até
mesmo, de demonstrar seu amor por uma garota. O colorido dos anos
2000 não tem nada a acrescentar, o que vale tanto para as
letras quanto para o ritmo e os vocais.
Não consigo enxergar conteúdo nas letras, o que
acontece também com as rimas. As melodias são péssimas
e os cantores, desafinados. Ao ouvir, a sensação que
tenho é a de que a música é interpretada por uma
menina que deve ter cerca de 12 anos, desprovida de talento. É
o tipo de música que, se o ouvinte não for uma criança
e/ou tiver algum conhecimento musical, não consegue aguentar
tal barulho invadindo seus tímpanos por 3 minutos.
“Happy Rock” é uma denominação criada pelo
Restart, aqueles garotos com uma aparência um tanto diferente
que, provavelmente boa parte das pessoas já teve o desprazer
de ouvir, seja involuntariamente ou para saber do que se trata. Eles
criaram o nome para não serem intitulados “Emos”.
Vários veículos os chamam de fenômeno. Levando em
consideração que um dos significados da palavra é
“algo que nos impressiona de uma forma qualquer”, eu concordo, já
que eles conseguiram arrastar fãs e mais fãs Brasil
afora de forma muito rápida. Musicalmente falando, não
os vejo de tal forma, eles são muito ruins, de fato, me
desculpem os fãs.
Para ilustrar tudo o que foi dito, que se aplica a toda e qualquer
banda colorida que conheço, basta clicar aqui para assistir a um vídeo do Restart
cantando o sucesso do Metallica, “Enter Sandman”.
Acima de cores, cortes de cabelo e afins, o rock é um gênero
musical. A aparência, o estilo e a atitude contam pontos para
um possível astro do rock? Por que não?! Entretanto, o
mais importante de tudo é a qualidade da música que
cada banda é capaz de produzir e espalhar por todos os cantos
do planeta, é o feeling existente por trás de cada
arranjo, de cada nota tocada.
Os fãs gostam de vestir camisetas de suas bandas favoritas, as
quais geralmente são pretas. A maioria delas são
escuras, mesmo notando que, cada vez mais, surgem roupas com outras
cores, inclusive mais claras. Só que os ouvintes não
precisam necessariamente vestir preto dos pés a cabeça
para afirmar uma identidade. Creio eu que o mais importante está
na forma de pensar e na música que entra pelos ouvidos de cada
um.
Nos tempos atuais, onde a aparência não só fala
pelas pessoas, mas grita, podemos notar facilmente jovens com uma
extrema vontade de demonstrar admiração por bandas que,
boa parte das vezes, são de classic rock. Talvez como uma
auto-afirmação, um desejo de demonstrar que
amadureceram e estão ouvindo “músicas de velho”.
Por fora, é uma coisa. No fone de ouvido, é outra. É
claro que isso não é nenhuma verdade absoluta, mas,
convenhamos, cada um de nós conhece pelo menos um adolescente
assim. É muita roupa e pouco rock.
Concluindo, o rock e as cores combinam e sempre combinaram. O que
estraga é a falta de qualidade em novos ídolos
adolescentes. Como de costume, fiz uma rápida pesquisa no
Google para ver o que andam falando por aí sobre o assunto.
Encontrei um texto escrito por um jornalista do Estadão, vocês
podem conferir a opinião dele aqui. Ao meu ver, como jornalista, ele deveria ter feito ao menos uma
pesquisa mais profunda, apontando vários tópicos. Mas é
a visão dele, concordemos ou não.
Por fim, vou aproveitar o gancho para compartilhar uma imagem. Enquanto eu finalizava o post, a seguinte foto apareceu na home do
meu Facebook:
Obviamente, não é algo que se aplica a todos os fãs
do Metallica e a pessoas que admiram o trabalho de bandas do gênero.
Porém, é a realidade de alguns, isso é inegável.
Assim voltamos aos esteriótipos, à louca vontade de
afirmar uma identidade perante a sociedade.