Quem não possui pelo menos 1 vergonha musical?

    "Momento para sentir vergonha."

    Sendo direto: quem aí não possui uma vergonha musical? Sim. Uma VERGONHA MUSICAL. Aquela cantora ou banda que você sabe que possui uma produção irregular, inconsistente ou até mesmo ruim, mas, por algum motivo, se pega ouvindo de vez em quando.

    Alguns podem achar que construí esse texto unicamente com a intenção de “queimar meu filme”. Outros podem achar até que revelo alguns pensamentos hipócritas baseando-se nos meus posts extremamente ácidos das semanas que se passaram. A verdade é que só quero descontrair e mostrar que malgrado eu tenha certa forma de pensar bem rija, não escapo das armadilhas do meio musical uma vez que também tenho sentimentos, e eles impregnam certos momentos onde determinada música aparece em nossas vidas.

    E a primeira vergonha que carrego, revelo-te agora, ó, amigo leitor. A banda Creed. Às vezes me pergunto como fui cair nessas cafonices previsíveis do Creed com aquele vocal copioso do Scott Stapp que quando você ouve não sabe se está ouvido a Nickelback ou a Pearl Jam, ou seja, lá qual for dessas bandas de vocal semelhante dos anos 90. Mark Tremonti e sua construção musical pavorosa dando apoio ao vocal trazendo mais um caminhão de romantismo barato. Também possui um caráter bem previsível evidente nas músicas “One last Breath”, “With arms wide open”, “Higher” e outros hits famosos da banda que os transformaram em medalhões do rock and roll mela-calcinha dos anos 90.

 "Se você ouvir esta, terás ouvido tudo de Creed!"

    Quero deixar bem claro que reconheço todas essas observações, uma vez que eu mesmo as tenha feito durante todos esses anos. Mas às vezes bate um sentimento juvenil que vem direto daquela época do cd “malhação internacional” ano 2000 e pã! Lá está Creed no meu player. Aquele apelo espiritual para a natureza boa das pessoas e o amor. Pieguice presente em todas as letras.

    E como se a patuscada não houvesse fim, o baterista da banda, o Scott Phillips, juntamente com o guitarrista, participa paralelamente de um outro projeto chamado Alter Bridge que é a MESMA coisa. Mais um vocal que não vou conseguir diferenciar. Mais músicas piegas. Mais do mesmo. Mais senhores tatuados e com cara de mal, cheios de amor pra dar e conflitos adolescentes pra expressar nas músicas. Ainda bem que dessa vergonha eu já não compartilho.