“Crianças que gostam de jogos de vídeo game violentos acabam se tornando assassinos, bandidos, psicopatas etc”
Você
certamente já ouviu alguém falar alguma frase do tipo.
Agora, tal conceito também pode estar relacionado à
música que cada um ouve. Pelo menos é o que diz uma
pesquisa da instituição holandesa Erasmus MC University
Medical Center. De acordo com os estudiosos, ouvir Justin Bieber e
One Direction ajuda a transformar as pessoas em seres mais corretos.
Parece brincadeira, mas não é.
Obviamente,
abomino a música produzida por ambos, mas não foi por
isso que surgiu a crítica. Meu ponto de vista observou o
seguinte: é mais uma pesquisa reunindo poucas pessoas e, por
isso, não me parece nada confiável.
Li
a notícia no site da
revista Billboard brasileira. Ela afirma que “a pesquisa foi
realizada com 300 jovens, entre 12 e 16 anos, e ainda aponta músicos
mais tradicionais como Beethoven na lista de 'boas influências'.
O estudo ainda diz que adolescentes que escutam canções
menos convencionais — como o punk do Sex Pistols ou hip hop — são
mais propensos a virar 'delinquentes' no futuro.
—
A música é o que separa os jovens em geral dos que
podem desenvolver mais facilmente maus comportamentos — diz a
pesquisa. Além disso, o estudo sugere que o gosto musical de
uma pessoa pode 'contaminar' os amigos.”
Ora,
ora... Se um cidadão ouve uma música de protesto, tem
tendências a virar delinquente e, se ouve músicas mais
“melosas”, elas o tornarão uma pessoa melhor, “mais
correta”? Sendo assim, uma pessoa se comporta de acordo com seus
gostos e preferências, não ao contrário, que
seria o gosto proveniente daquilo que ela faz, vive e acredita,
enfim, de seu comportamento.
Foram
ouvidas 300 adolescentes. Porém, esqueceram de incluir as
jovens que rasparam a cabeça por causa de uma falsa notícia,
que afirmava que Justin Bieber estava com câncer, e quiseram se “igualar” ao ídolo. Da mesma forma,
esqueceram das adolescentes que se mutilaram, pois queriam que ele
parasse de fumar maconha. Seriam tais atitudes de pessoas corretas? E
se parássemos para analisar essas atitudes e outras parecidas?
O ponto mais fraco da pesquisa foi a quantidade de pessoas, 300 é
um número muito baixo, se for levar em consideração
a quantidade de fãs que ambos tem mundo afora.
Interpreto
tal afirmação como generalista e preconceituosa.
Infelizmente, o que ainda fala mais alto na sociedade atual são
as aparências e esteriótipos. Existem casos e mais
casos. Nem todos que ouvem Justin Bieber e 1D são burros,
idiotas ou afins, da mesma forma que nem todos que ouvem rock são
drogados, assim como nem todo funkeiro é bandido, e por aí
vai.
Não
é a música que entra pelos ouvidos de um ser humano que
o torna melhor ou pior.
"Nem todos que ouvem Justin Bieber e 1D são burros, idiotas ou afins, da mesma forma que nem todos que ouvem rock são drogados, assim como nem todo funkeiro é bandido, e por aí vai".
ResponderExcluirAnálise perfeita. Nem preciso falar mais nada...
É a famosa Teoria da Bala Mágica ou Agulha Hipodérmica que nós, estudantes de Jornalismo aprendemos na faculdade. A professora Ariane precisa ensinar isso para os pesquisadores holandeses uahsuaa
ResponderExcluirQue ridículo, nem vou comentar as conclusões da pesquisa mas nossa 300 pesoas entre 12 e 16 anos? muito pouca gente realmente e numa idade múito influênciável pela mídia, (ta enho 16 mas mesmo assim.)
ResponderExcluirNão existem idades em que a pessoa é mais ou então menos influenciados pela mídia. E também dizer que a influência da mídia é irrestrita é um grande engano, pois temos que considerar que as pessoas tem a capacidade de filtrar informações, de apreender aquilo que for do interesse dela.
ResponderExcluirPois é... Uma pessoa de 40 anos também pode ser influenciada pela mídia, isso não é apenas restrito à adolescentes. E tudo depende de quem está recebendo a informação, cada um interpreta da forma que quer e absorve de uma forma diferente, uns são passivos, outros não, independente da idade.
ResponderExcluirO povo brasileiro é muito influenciado sim, mas nessa idade (12 e 16), é aonde se há mais influenciabilidade, já que os adolescentes querem descobrir sua personalidade e seu lugar no mundo, mas infelizmente, acabam apenas sendo influenciados e virando seres não pensantes, muito facilmente de se manipular msm quando estiverem mais velhos, virando assim um efeito dominó.
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