segunda-feira, 7 de janeiro de 2013



    "Não é bem assim, não, maganão!"

    Ontem se iniciou a segunda semana do ano novo, e ainda tenho que ouvir discursos que em se tratando de novo, não há nada.

   De todos os fatos, ou histórias mais controversas que se ligam ao mundo do rock, com certeza as representações sociais que os outsiders possuem dos admiradores e dos fãs deste tão peculiar gênero musical, é o fenômeno que mais pesa como medida para a descrição de nós, apreciadores de uma bela música.

    Faz-se bom alvitre mostrar que por “representações sociais” eu quero dizer a imagem que as pessoas que não participam desse grupo, os apreciadores de rock, possuem, ou até mesmo inventam de nós. Imagens como: “Ihh fulana... Beltrano é roqueiro! Mexe com drogas!” E diversas outras infelicidades que já tive que ouvir por aí.

    Meu motivo de escrever esse post é fruto de uma indignação que tive ao estar no pc ontem, enquanto a tv transmitia uma entrevista com o Tremendão Erasmo Carlos, e este por sua vez contava sobre suas incursões perigosas em aventuras etílicas que o levaram ao vício. Logo um reboliço se deu na sala de tv e tive que ouvir as sandices que as pessoas jogavam no ar de uma forma que as palavras vinham como uma flecha direto para meus ouvidos. “Ainda bem que sempre respeitei pai e mãe. Rock é isso aí. Só dá coisa errada.” E uma série de outras afirmativas questionáveis.

   De andar por aí e ter acumulado na minha linha do tempo muitos festivais eu sei que, como dizia minha avó “nego não é fácil” e o uso indiscriminado de drogas acontece. Porém não é só no rock, mas também no eletro, e nas rodas de samba e no churrasco da família (a não ser se a família for gospel). Afinal droga não é somente cocaína muito embora esta seja ilícita, mas também o álcool e o tabaco que figuram o topo da lista de drogas mais destrutivas.


    Há que se observar também que o problema não é o gênero musical, mas sim a própria característica do ser humano de querer em muitos casos subverter a ordem das coisas em busca de prazer.

   No mundo do Jazz os músicos usavam mais lisérgicos que o Hendrix, Page e Morrison e toda a galera do psicodélico juntos, e hoje o Jazz é visto como algo de muito garbo. Logo, com isso, podemos perceber que dizer que o rock transforma seus admiradores em usuários de droga é um erro de causalidade grave.

  Agora, não sei quais alternativas vocês encontram no cotidiano para lidar com essas situações desconfortáveis, mas de acordo com meus estudos sobre representações sociais só podemos mudar isso levando informações como estas que apresentei, e fazer com que as pessoas enxerguem que elas cometem na maioria das vezes erros de categorias que nos fazem mijar pelos olhos.

   Ano novo! Vida nada nova assim.

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