domingo, 21 de outubro de 2012

   “Comprei algumas coisas de progressivo que eu nunca tinha ouvido até, cara. Comprei Gentle Giant!” diz Dinho Ouro Preto para Lobão em uma conversa em algum programa da MTV que dava pra salvar a noite. “Gentle Giant é Chato mesmo” concorda Lobão com certo desdém por trás dos óculos. “Gentle Giant é Chato pra caralho” reforça Dinho.


   É certo que a estrutura do rock progressivo é muito diferente do rock 4/4 de quatro acordes que esses dois músicos produzem. E também é certo que para muitos o prog é de difícil digestão. Mas é aqui que pergunto: Qual foi a última vez que você pegou um álbum de qualquer banda e ouviu com toda atenção possível? Sem pular músicas, sem abas do facebook abertas ou sem estar no ônibus a caminho do trabalho. Somente você, sentado prestando toda atenção. Isso é necessário no prog e em muitos outros gêneros. Foi em uma dessas incursões que descobri a genialidade de Gentle Giant.

   Foi uma banda inglesa formada em 70 pelos irmãos Shulman e misturavam diversos elementos de jazz, rock, soul, blues e música clássica medieval, tocando mais de 30 instrumentos, que por lei, durante uma apresentação, eram constantemente trocados no meio das músicas. Logo, no Gentle Giant, um tecladista não era somente um tecladista, mas também o que tocava xilofone, ukelele, violoncelo, violino e muitos outros.

   A banda pode levar o adjetivo de cansativa pelo fato de abusarem das técnicas que possuem. Porém, não vejo desvantagens nisso, pois traz à música um espírito livre. O espírito do rock n’ roll de poder abranger diversas temáticas e experimentar diversas sonoridades.

   Observem esse teclado da black music unido com uma voz de sonoridade medieval:


   E como banda boa é aquela que é melhor ao vivo que nos álbuns:



   E de quebra, para terminar o post, mais um vídeo que mostra a versatilidade do GG em palco:


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