quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Acabei de entrar para a equipe, meu nome é Thaís Monteiro. Sou a nova colaboradora da Comissão do Rock e hoje vou contar como descobri o universo tão atraente do rock n' roll.

Sempre gostei muito de música, mas não tinha um critério de escolha, apenas ouvia o que era mais acessível: o que tocava em festinhas, era apresentado por programas de TV e o que fazia parte da programação das rádios que minha mãe ouvia, geralmente pop e pagode.

Quando estava com 11, quase 12 anos de idade e comprei um walkman, que ainda era bastante utilizado naquela época. O tirei da caixa e não mexi em nada, apenas peguei as pilhas e o liguei. Estava sintonizado em uma rádio que, naquele momento, apelidei de “estação que tocava aquelas músicas de velho”. Era a gloriosa Rádio Cidade que, infelizmente, não existe mais aqui no Rio de Janeiro. Por sorte, tive a curiosidade de ouvir, quis saber qual era a razão que fazia com que pessoas idolatrassem tanto aquelas músicas, mesmo anos e mais anos após o lançamento. E não é que gostei? A energia que encontrei no rock era diferente da que qualquer outro estilo já havia me proporcionado.

A primeira banda que me chamou atenção, que fez com que eu procurasse saber da história e comprar um CD foi o U2. Eu sempre anotava o nome das músicas quando o radialista falava. Quando prestei atenção, eu estava com uma lista enorme e boa parte delas era de um tal de “U2”. Então comprei meu primeiro álbum, que foi o “The Best of 1980 – 1990”. Fiquei encantada. Aos poucos, fui me tornando fã de verdade, lendo sobre as histórias das músicas, da formação da banda e algumas curiosidades.

Com o passar do tempo, fui conhecendo melhor e me interessando por outras bandas como Pink Floyd, Green Day, The Clash, Ramones, Iron Maiden, Pearl Jam, Nirvana, dentre muitas outras. Eu comprava pilhas de fita K7, passava horas sentada ouvindo as músicas que tocavam na rádio e gravava as que mais me agradavam. E eram tantas! Tenho algumas delas guardadas.


As letras do U2 e do Green Day marcaram minha adolescência de uma forma muito especial, eram minhas bandas favoritas e, até hoje, estão na lista das que mais admiro. Elas representavam o que eu sentia e me faziam refletir. Sem sombra de dúvidas, se eu sou uma pessoa que consegue analisar e criticar algumas coisas, principalmente referentes à sociedade, posso dizer que o rock foi um dos grandes responsáveis por isso.

O tempo foi passando, novas bandas entraram para o meu repertório, até que descobri os Beatles. Não eram muitas as músicas deles que tocavam na Rádio Cidade. Na verdade, não me lembro de ter ouvido nenhuma e, se ouvi, não me liguei. Os conhecia de nome e algumas músicas como Help, Twist and Shout, Hey Jude e Yesterday, aquelas que a maioria já ouviu ao menos uma vez na vida. Porém, tive a vontade de saber o que dava a eles o título de maior fenômeno da música história do pop. Acho incrível o fato de, mesmo 50 anos depois, eles conseguirem atrair tantos fãs. Eles atravessaram gerações, isso está nítido nos shows que Paul McCartney e Ringo Starr fazem atualmente: famílias inteiras estão presentes.

Provavelmente, sem não fosse o rock, eu não ligaria muito para música. E sem ela, minha vida seria completamente diferente, eu certamente não teria outra válvula de escape para problemas, pelo menos não tão eficiente. Talvez também não tivesse a mesma visão de mundo. Para encerrar, deixo uma frase do Bono: “Music can change the world because it can change people”.   

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