quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Depois dessa ótima matéria do Guilherme, que fechou com chave de ouro a cobertura do Rock in Rio, iremos dar continuação à programação normal da Comissão do Rock de uma forma diferente. Nesse post irei republicar uma matéria que eu fiz para a disciplina Jornalismo Digital. Essa foi uma pauta a qual me dediquei bastante e felizmente fui recompenado pela professora Ariane Holzbach, criadora e editora do site Clipestesia, com uma nota 10.

Vejam a seguir As redes músicos-sociais:

Na era das mídias sociais, a música encontrou seu espaço para ser difundida na web


Que as redes sociais viraram obcessão nesse novo "boom pontocom" isso é evidente. Aproximadamente na segunda metade dos anos 2000, elas surgiram e vem englobando milhares de usuários por ano e futuramente podem "dominar o mundo" 

Segundo o jornalista de tecnologia David Kirkpatrick, escritor do livro O Efeito Facebook, "Pode-se imaginar que, ao longo do tempo, esses recursos possam levar a um entendimento mais global além de sugerir um movimento em direção a uma forma de conectividade universal que é verdadeiramente nova na sociedade"

"Marshall McLuhan, o filósofo social e teórico da comunicação, é um dos favoritos na empresa [Facebook]. Em seu influente livro de 1964 'Os meios de comunicação como extensão do homem', ele previu o desenvolvimento de uma plataforma universal de comunicações capaz de unir o planeta. Mark Zuckerberg escreveu uma nota em que dizia: 'estamos nos aproximando muito depressa da fase final das extensões do homem - a simulação tecnológica da consciência - quando o processo criativo de adquirir conhecimento será coletiva e corporativamente estendido a toda a sociedade'

Capa do livro O Efeito Facebook

Aproveitando da capacidade de conectar as pessoas várias bandas estão fazendo uso dessa tecnologia para divulgar seu trabalho. Em uma entrevista concedida, o vocalista Bernardo Camara, da banda Delta Rock Rio comentou sobre essa tendência atual

Integrantes da banda: Roberto Renault (baterista), Bernardo Camara (vocalista) e Marcio Hendrik (ex-baixista)

           CD Tá na Roda
Acho que as redes sociais ajudam muito para a divulgação da banda. Esse álbum novo do Delta, não é um bom exemplo disso, porque eu estava divulgando sozinho. Depois que o baixista Marcio falou que ia sair ele postava no mural, e só. E o Roberto tambem não ajudava muito na divulgação. Acabava que apenas eu ficava divulgando. Mas o Tá na Roda [último CD lançado recentemente pela banda]  foi bem divulgado.Teve mais de 100 visualizações em três, quatro dias.É um ótimo número para nósO clipe obteve 100 visualizações em uma noite.




Se formos bem divulgado por redes sociais com certeza teremos um alcance bom, até porque existe a opção Compartilhar... As pessoas que gostam do nosso som podem compartilhar nossas informações, e isso já  nos expande para os indivíduos que não conhecem a banda.

Recentemente nós remodelamos nosso MySpace,  nosso canal no You Tube, nosso Facebook, e também o  nosso Twitter. É esse tipo de investimento que também gera um interesse , na imagem... como estávamos lançando musicas nós remodelamos tudo para ficar contextualizado com essas músicas e temos recebido elogios por isso. 

Como uma banda musical, o principal deve ser o conteúdo gerado que é a própria música. Mas não basta, tem que ter uma interação, postar videos, fotos etc. Nós pensamos em investir em tudo isso, porque apenas o aspecto musical não basta... enfim, é esse tipo de conteúdo a que me referi que nós pensamos em investir.

Na mesma entrevista Bernardo documentou que pretende fazer um documentário sobre o dia a dia da banda, até o momento do show. Algo que seria interessante para mostrar ao público que eles simplesmente são "simples mortais" como qualquer outro indivíduo, além de mostrar ao público como a banda convive diariamente.

 MySpace, a rede musical
Observando essa necessidade dos músicos de divulgarem o seu trabalho, a rede social MySpace resolveu se remodelar para atingir especialmente esse público. Foi criada em 2003, sendo praticamente um clone do Friendster que era uma rede social hegemônica na época, e sofreu com a decadência, porque não conseguiu sustentar seu próprio crescimento. O cofundador do MySpace que era um ávido usuário do Friendster resolveu criar a nova rede social, movido pela frustração do insucesso da empresa que o influenciou. 




O problema do MySpace em seu surgimento foi que ele atraiu a atenção de Fakesters, usuários que não utilizam a sua identidade real nas redes sociais. O MySpace acabou se tornando um site onde qualquer pessoa poderia inventar uma identidade, mas isso não incomodava seus criadores, que impuseram poucas restrições com relação à maneira como o MySpace poderia ser utilizado.


Por ser um site que não tinha nenhuma rigidez o MySpace era quase que uma "terra de ninguém", onde todo mundo fazia o que bem entendesse, inclusive enfeitar a sua página. A equipe de programação do MySpace não tinham criado essa customização do perfil e isso se tornou possível graças a um erro na programação do site que permitia que os membros baixassem códigos HTML e agregassem ao perfil.


Em seu início o MySpace se espalhou entre os amigos relativamente moderninhos de seus fundadores, que comercializavam seus serviços nos clubes, tanto para bandas quanto para o público. Pouco depois, tornou-se um instrumento essencial de promoção de bandas em Los Angeles. 
Em 2009 sob o comando de Owen Van Natta, ex-diretor de operações de Facebook, o MySpace passou a se posicionar efetivamente como um portal para música e entretenimento. Hoje a rede social pertence à empresa News Corp, que substituiu Van Natta pelos copresidentes Mike Jones e Jason Hirschhorn.


Os fã clubes online
As redes sociais além de divulgarem bandas também tem um papel fundamental na união de fãs. Essas pessoas que tem em comum o fanatismo por seus ídolos passaram a ocupar comunidades onde compartilham informações sobre sua banda favorita. Motivados por essa idolatria eles incorporam essa paixão e as compartilham no ambiente social. Foi mais ou menos isso o que aconteceu com Isabella Dwaine, criadora do perfil do Fã Clube Oficial da banda Nirvana.



Essa é uma das milhares de fotos raras do Nirvana, presentes no Fã Clube

A união dos fãs, o amor pela banda , e o movimento grunge ( que nunca morreu ) é que fazem a história deste Fã Clube.


O objetivo do perfil  FC Nirvana Oficialquando lançado na rede social Orkut foi unicamente de tentar transmitir um pouco da influência da banda, no que hoje considero música (música boa, de verdade), tentar mostrar algo novo para as pessoas que não conhecem a banda e aos velhos fãs, mantendo a memória do Nirvana, seja com uma foto, vídeo, etc.

Posso dizer que virei fã da banda quando tive a curiosidade de saber quem era o cara que tocava e fazia as músicas que traduzem o meu e nosso cotidiano, afinal , "Nirvana" nunca deixou sequer de passar algo verdadeiro, algo ocorrido. Todas as músicas sejam elas com temas que abordam idéias revolucionárias, ou problemas político/sociais, violência, entre outros,  representam a vida de cada um. A única coisa que muda é que não é uma "vida narrada" e sim cantada.

Nirvana não se resume à Kurt Cobain, a maioria das pessoas acabam se equivocando.Quando dizem algo relacionado à Kurt acreditam estar dizendo algo sobre Nirvana em si. É o mesmo caso da música, considerada hino: Smells Like Teen Spirit, as pessoas à escutam e dizem que estão ouvindo Nirvana. Espero que possa compreender o que estou dizendo. No vídeo abaixo isso fica bem claro.O própio Dave Grohl diz isso sobre o"hino". 




Agora você me pegunta , por que estou dizendo fazendo esse comentário? 


- É para responder a pergunta de como eu consigo ter tanto "acesso" à banda, informações, fotos, enfim... 


Então irei lhe dizer que a minha vida não se resume à Kurt Cobain, e sim ao Nirvana, por isso, não deixei de ir atrás das informações, novidades, vídeos, fotos.
Mesmo depois do falecimento de Kurt, (mesmo não tendo vivido essa situação) continuei com meu papel de fã, e admiradora, diferente de alguns que " jogaram tudo pro ar" quando Kurt veio a faltar. Dizendo isso até parece que não sinto nada; só parece, pois sinto todo o dia a falta desse herói de gerações. Coleciono fotos raras e continuo que nem uma louca atrás de tudo e de todos para aumentar a cada dia, a cada mês e a cada ano, a cada hora e a cada segundo, minha coleção. 


Penso muito em criar um site ou blog para a banda. Twitter eu já possuo. O problema é que não são todas as pessoas que participam de todas as redes sociais e que fazem isso utilizando-as de forma correta. Agora um blog é algo mais fácil de se manusear, qualquer um pode mexer e não há restrição de número de pessoas que podem acessar o conteúdo (no caso do Orkut isso é diferente).


As redes sociais e os blogs
No ambiente da blogosfera, redes sociais são importantes para divulgar conteúdo. O blogueiro Felipe Aldemir, dono do blog Metal Com Humor, falou um pouco sobre a importância que essas mídias tem para a disseminação de suas postagens: O blog Metal Com Humor é um blog voltado para o humor, relacionado ao Rock'N Roll. Ele foi criado há apenas um mês, no dia 1º de agosto, e mesmo com pouco tempo de vida, é muito bem visitado ao meu entender. Até agora o blog já recebeu 170 mil visitas.  Acredito que pelo fato do blog falar sobre rock de forma bem humorada, acaba atraindo mais a atenção dos leitores, tanto dos rockeiros quanto dos que gostam de blogs de humor.  






O surgimento do fenômeno You Tube
Antes de fundar o You Tube, Steve Chen foi contratado para fazer parte da equipe do Facebook. Depois de apenas duas semanas trabalhando, Chen decidiu deixar o emprego para fundar uma nova empresa na área de vídeo. Os a equipe da administração do Facebook tentou dissuadi-lo, dizendo que ele iria se arrepender se continuasse com essa ideia, que já existiam milhares de sites de vídeo, mas Steve Chen foi em frente e criou uma empresa chamada You Tube,que hoje é a líder no ramo de vídeos na internet.


Um ano após a criação da plataforma de vídeos (foi criada em 2005) o You Tube alcançou mais da metade do mercado, por oferecer ao usuário a possibilidade de hospedar qualquer tipo de vídeo. Varios filmes, videoclipes e materiais caseiros são hospedados no site. 


Por ter o interesse de expandir seu mercado publicitário de vídeos pelo AdSense, o You Tube foi comprado pelo Google em outubro de 2006 por US$1,65 bilhão em ações. 


Um mês depois foi eleito pela revista norte-americana Time a melhor invenção do ano, por criar uma rede de hospedagem de vídeos e "criar uma nova forma para milhões de pessoas se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca foi vista".


Apesar do sucesso, o You Tube ainda não deu um grande lucro a seus proprietários, segundo uma reportagem feita pelo R7 cujo tema era o aniversário de 5 anos da rede de vídeos. 


Muitas pessoas não dão tanta importância às redes sociais, porque acreditam que elas não passam de ferramentas de entretenimento, porém esse raciocínio precisa mudar. Hoje em dia um monte de profissões dependem da utilização dessas ferramentas que são bem úteis à quem as utiliza. A cada dia surge uma rede social diferente e esse ciclo irá se repetir sempre, contudo, os usuários de hoje em dia facilmente se adaptam a esse tipo de inovação e além de utílizá-las da forma como foram programadas, descobrem novos usos para suas funções, dentro de suas necessidades. 


Marshall McLuhan dizia que O meio é a mensagem e, com o surgimento dessas novas mídias, foram criadas novas maneiras de comunicação, que podem influenciar as mídias tradicionais


Publicado no blog Comunicação Digital
(Veja o post original clicando no banner)

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