quinta-feira, 21 de julho de 2011

Olá, amigos da Comissão!

Hoje, com a parceria do blog Sons, Filmes & Afins, relançaremos na blogosfera a série A Formação do Gosto Musical. Essa série é de autoria do parceiro Rodrigo Nogueira, que cedeu a publicação da série aqui na Comissão. Espero que vocês gostem!


Este tema está longe de ser definido, mas na tentativa de entendê-lo, algumas questões fundamentais precisam ser respondidas:

O que é música?
Segundo a maioria dos livros didáticos, música é "a arte de combinar os sons", porém, este conceito é muito vago, principalmente por causa do termo "combinar", que poderia ser interpretado como a simples junção de sons, ou a junção de sons que tenham alguma afinidade e organização (outros termos vagos e relativos).

O que é som?

No vácuo não há som

Um dia me perguntaram: "se uma pedra cai no chão em uma distante floresta, sem ninguém por perto para ouvi-la, ela produzirá som?" Penso que não, porque na prática o som não existe. Explico: o som é a maneira como nosso cérebro decodifica o atrito de algo com o ar (uma pedra por exemplo), e a captação da vibração do ar causada por esse atrito, é feita através do aparelho auditivo, portanto se não há um aparelho para captar e outro para decodificar, não há som. O que há de fato é a vibração do ar que gera uma frequência e essa frequência é interpretada por nós como som.


Mas o que vai realmente fundir a cuca é: será que todas as pessoas captam e decodificam da mesma forma? De maneira mais simples: será que todos nós ouvimos da mesma maneira? Vimos que o cérebro é essencial para que haja som e por consequência a música, mas é importante lembrar que todos nós seres humanos, trazemos em nossos genes uma combinação única e por mais que a formação física seja praticamente idêntica entre nós, ela não é totalmente, e isso pode gerar maneiras diferentes de identificar e decodificar, o que certamente influenciará nossa forma de admirar a música.

A audição é um dos primeiros sentidos desenvolvidos
Só que o gosto musical é formado por diversos fatores e ele começa a se formar, segundo pesquisas, logo no útero da mãe. As pesquisas também apontam que a audição é um dos primeiros sentidos a se desenvolver, e conforme os sons são captados, eles recebem alguma associação, por exemplo, identificar a voz da mãe e a relacionar como o som de sua provedora.

Conforme o bebê vai percebendo os sons do ambiente, ele vai associando com alguma coisa e este elemento associado é que vai dizer se o som agradará ou não, por exemplo, um som muito forte e repentino que desestabiliza a tranquilidade do momento, provavelmente será "classificado" como um som desagradável. Dessa maneira surgem os padrões e esses padrões serão essenciais para a definição do gosto.

O assunto é muito mais abrangente e complexo, aguarde o próximo artigo em que continuarei abordando o tema.


Rodrigo Nogueira foi professor de teoria e percepção musical, história da música e saxofone e atualmente é administrador de empresa e estudante de filosofia na USP




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2 comentários:

  1. Olá.
    Post divulgado no Blog Teia.
    Até mais

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  2. Oii pessoal....Adorei o blog...É bem interessante...Mas vim aki, pra pode anunciar meu blog ta pessoal?
    http://www.paulinhacorazon.blogspot.com

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