YEAH! \m/
HAIuhaiuha!
Bem, quem me conhece sabe que eu gosto muito de ler.
E nos últimos dias, o livro que estou lendo é Eu Sou Ozzy, autobiografia do grande Ozzy Osbourne.
Isto me inspirou, e decidi elaborar uma pequena série de postagens sobre uma das bandas responsáveis pelo surgimento do Heavy Metal, este estilo de Rock tão amado por todos nós.
"Mas Marlon, isso é uma biografia? Não preciso disso cara, se eu quiser eu vou na wikipedia!"
Não, parceiro. Não se trata apenas de uma biografia. Curto muito esta banda, e o presente artigo, bem como suas sequências, terão como tempero a parcialidade de um fã, e o olhar ligeiramente técnico de um músico amador.
Este é o título de um dos capítulos do livro do Ozzy, e também o anúncio bizarro que ele deixou em uma loja.
O guitarrista Anthony "Tony" Iommi e o baterista William "Bill" Ward se interessaram e foram atrás, e depois de trocarem uma ideia, Ozzy foi aceito como vocalista no novo projeto musical que estavam planejando. Ozzy indicou para a banda outros dois integrantes, os guitarristas Jimmy Phillips e Terence "Geezer" Butler.
Estava formada, em 1966, a banda chamada Polka Tulk Blues Band, cujo nome foi encurtado para Polka Tulk. Mais tarde Geezer assumiu o baixo, e a banda contava com o apoio de um saxofonista
A banda começou a fazer nome no seu local de origem, Birmingham, Inglaterra. O entrosamento foi rápido, devido ao fato de que todos eram vizinhos, e Ozzy e Tony eram antigos amigos de escola. E eles tocavam muito, em diversos lugares. Digamos que não recusavam nenhuma oportunidade de trabalho.
Até que decidiram mudar o nome da banda, já que Polka Tulk era o nome de um talco... O.o'
Agora a banda se chamava Earth, e tocava em diversos lugares, fazendo covers de Jimi Hendrix, Blue Cheer, Cream e The Beatles. E graças ao gerente da banda, Jim Simpson, eles conquistaram um espaço aconchegante nos pubs ingleses.
E nesta época, a máquina de riffs conhecida como Tony Iommi estava fazendo experiências com sua guitarra. Andava fazendo riffs mais agressivos, com climas e atmosferas mais densas, "escuras". E este foi só um dos fatores que ajudaram no nascimento do Heavy Metal.
Na época as bandas estavam tocando com o volume no talo, para que o som dos instrumentos fosse maior que o som da plateia. Para isso aumentavam o ganho e tudo o mais, e a sujeira presente nas guitarras foi algo que surgiu disso, essa distorção maravilhosa!
E ainda temos aquela história do cinema.
O estúdio onde eles costumavam ensaiar ficava em frente a um cinema, e algo que intrigava a mente do Mestre Bigoda Iommi era esse interesse exagerado que as pessoas tinham pelos filmes de terror. Faziam filas enormes para ver aquilo. Elas gostavam de sentir medo. E por que não fazer música medo, poxa?! Se isso despertava tanto interesse, não é mesmo?
Isso fez com que ele investisse mais nesses riffs escuros.
Nestes dias, após um curto período de utilização, o nome Earth foi largado para trás, pois já havia uma banda com esse nome. Foi aí que Butler, grande fã de romances e filmes de terror, magia negra, essas coisas, sugeriu o nome sagrado, Black Sabbath. A ideia veio de um um filme do diretor italiano Mario Bava, I Tre Volti Della Paura (As Três Faces do Medo) de 1963, que foi exibido na Inglaterra e nos EUA com o nome de Black Sabbath.
E voilá! Temos aqui a banda que é, na opinião de muitos, a pioneira do Heavy Metal.
Temos outros responsáveis, como Led Zeppelin, Deep Purple, Alice Cooper, entre outros, todos da mesma época.
Mas creio que a faixa Black Sabbath define tudo.
Butler a escreveu assim que a banda mudou de nome, uma letra sobre o diabo, ou coisa parecida, com o clima de terror presente nos seus filmes e livros favoritos.
E para completar, Iommi Riff-Maker utilizou na harmonia desta música o nosso sagrado e malévolo Diabolus in Musica, ou trítono. Neste caso foi uma quinta diminuta. Trítono é um intervalo muscal maldito que a igreja proibiu por alguns séculos, pois é um intervalo que causa extrema tensão e movimento na harmonia.
Soma-se a isso tudo a voz insana de Ozzy, que completa a atmosfera macabra da música.
É também tida como a origem do Doom Metal.
Mas chutando o traseiro de todos esses rótulos malucos, o Ozzy defende que o Black Sabbath era simplesmente uma banda de Blues que fazia música medo, e não esse papo de Heavy Metal. Falou ta falado, champz, se o homem lá defende isso eu concordo, haha!
A faixa foi incluída no primeiro registro da banda, gravado em 1969 e lançado em fevereiro de 1970, com o título de Black Sabbath. Atingiu o Top Ten das paradas inglesas, onde permaneceu por uns três meses, e arrebanhou um punhado de novos fãs.
O disco incluia outros sucessos, como The Wizard e N.I.B., sempre com referências ao demônio e seres das trevas, o que diferenciava o Sabbath do restante dos precursores do Metal, e também acabou criando esse estereótipo demoníaco presente até os dias de hoje no estilo.
Isso fez com que a banda sofresse inúmeras reprovações dos mais conservadores
Piadinha tosca, eu sei. Mas o Ozzy era o único que não tinha um bigode sinistro... Enfim.
E aí veio a explosão violenta do Sabbath com o magnífico Paranoid!
Maior sucesso comercial da banda até hoje, rendeu um primeiro lugar nas paradas inglesas, sete discos de platina e um de ouro.
Iron Man, Eletric Funeral, War Pigs, são alguns dos sucessos que atraíram o grande público. Isso sem falar na mais que sensacional faixa título.
Segundo Ozzy, depois de gravarem o material pra o álbum, o cara da gravadora chegou e falou "Ow galera, tem espaço para mais uma música, seria legal se preenchessem..."
"Mas num tem música mais véy!"
"Peraê", sobreveio Tonho da Viola.
Riff simples surgiu, maluco Ozzy resmungando uma melodia, Geezer corre e escreve uma letra doida. Tcharam!
Um hit invicto até hoje...
O sucesso do Sabbath continuou com seu terceiro álbum, o Master Of Reality, que conta com os sucessos Children Of The Grave, After Forever e Sweet Leaf, que conta com Iommi tossindo no começo, uma canção aprovada por Bob Marley e a comunidade Rasta!
Alguns consideram este como o disco mais obscuro e introspectivo da banda.
Mas parte do clima obscuro se deve ao fato de que neste álbum a afinação utilizada na guitarra e no baixo dó sustenido, um tom e meio abaixo da afinação tradicional.
Até que as mãos cadavéricas do Rock Progressivo afagaram as mente do Sabbath, e daí surgiu o Black Sabbath Vol. 4, um disco que apresenta um cuidado melódico e hamônico bem maior que os álbuns anteriores. As músicas foram pensadas e estudadas, como um processo diferente do que a banda havia adotado até então.
Destaque para Changes, uma balada marcante, a esmagadora Supernaut, Cornucopia e Snowblind, que fala do principal combustível da banda na época: cocaína.
Sobre a gravação deste álbum, Ozzy narra uma sequência de fatos absurdos! O disco foi criado em uma mansão em Los Angeles. Eles não saíam da casa. Tudo chegava em caminhões. Comida, bebida... drogas, goupies... Imagine o nível de insanidade que imperava nessa casa!
Iommi contou que certa vez viu um fantasma neste castelo, na época em que ficaram por lá. Sinistro, mas muito Sabbath!
Killing Yourself to Live e a faixa título deste disco são dois destaques, mas o disco inteiro é muito bom, e obteve grande sucesso na época, e representa um ponto alto na carreira da banda.
Nesta época o consumo de drogas pelos integrantes da banda era algo alarmante, e o cardápio incluía maconha, cocaína (arroz com feijão), LSD, e alguns comprimidos. Além do álcool, claro.
Isso não comprometeu a qualidade do álbum seguinte, Sabotage, que nos mostrou como a banda continuou evoluindo, liricamente e harmonicamente. Aqui o Sabbath ainda estava em ótima forma.
Declínio: do Paraíso ao Inferno
Aí vieram os tempos magros.
Technical Ecstasy, de 1976, com seus sintatizadores e suas abordagens audaciosas, foi alvo de críticas e assunto de debates acalorados.
É tido por alguns como o disco mais inventido e original da banda.
E após o fim da turnê do Technical Ecstasy, Ozzy saiu do Sabbath, por causa de problemas pessoais, e também por causa do abuso de álcool e drogas.
De outubro de 77 a janeiro de 78, Dave Walker do Fleetwood Mac, foi o vocalista do Sabbath. Mas esta formação se apresentou apenas uma vez, e gravou um música. Ozzy retornou!
E com Ozzy novamente na banda, o Sabbath gravou o disco Never Say Die, que segue a mesma linha ligeiramente sintética e experimental do álbum anterior, com a presença forte de teclados, o que contou como ponto negativo perante os fãs.
E para completar a época de declínio, Ozzy foi demitido da banda, por causa do abuso de drogas, e de desavenças com outros membros do grupo.
E daqui em diante a formação do Sabbath se manteve instável.
Esta foi a primeira parte da biografia do Black Sabbath!
Confira ainda nesta semana a segunda parte, da entrada de Dio até o Heaven & Hell!
E confira abaixo três músicas marcantes dos anos clássicos do Black Sabbath!
Olá.
ResponderExcluirPost publicado na Teia.
Até mais.
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radio
Bem legal o série Marlon. Continue assim !!!
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