Começou a formar bandas na década de 60. Sua primeira banda se chamou Earwings, depois participou de outras bandas (era vocalista) como Spiders, Nazz e finalmente Alice Cooper. O nome, segundo Vincent, foi inspirado por um espírito através de uma tábua de ouija (uma ferramenta para comunicação com os mortos semelhante ao “jogo-do-copo” difundido no Brasil). Alice Cooper teria sido uma feiticeira em uma das vidas passadas do vocalista.
A banda (formada pelos guitarristas Mike Bruce e Glen Buxton, pelo baterista Neil Smith, pelo baixista Dennis Dunaway com Vincent no vocal) criou o primeiro disco em 1969. Seu nome era “Pretties For You”.Embora não tenha alcançado uma vendagem expressiva a início o disco serviu para arrebanhar alguns fãs.
O reconhecimento começaria em 1970 com o disco “Easy Action” e com a decisão da banda de adotar a encenação de palco que seria sua marca registrada. Em 1971 assinaram com uma grande gravadora (Warner Brothers) e lançaram o clássico “Love It To Death”.
Com o álbum, a banda começou a ganhar mais popularidade, já que ela estava com a imagem muito arranhada onde ja tinha tocado. Bob Ezrin os ensinou a tocar melhor seus instrumentos, inclusive Alice. Destaques ficam para ”Eighteen” e a experimental ”Black Juju”. Bob Ezrin ouviu o demo de ”Eighteen” e pensou ter ouvido ”I’m eggy” (sou arisco). Só depois eles foram remodulando as musicas para uma qualidade melhor. Em seguida lançam “Killer”, o album mais sombrio e que começou com o HorrorShow de Cooper. ”Killer” é matadora (entenderam? hehe), fantástica e assustadora. Assim como ”Dead Babies” também. “School’s out” veio pra fazer polêmica de vez. Aqui no Brasil o disco vinha numa espécie de lancheira e demorou para sair, pois havia sido proibido. A faixa título também virou hino, claro. Essa álbum é totalmente jazz e com umas pitadas de blues. Incrível.
Já no “Billion Dollar Babies”, Alice quis ser mais popular, justamente abordando temas políticos de maneira engraçada como na faixa título, e também suas músicas mais de humor negro como ”I love the dead”. “Muscle of Love” tem clássicos maravilhosos mas com um clima pesado, sem Ezrin que saiu pois os musicos queriam algo mais deles, e menos Alice, menos teatral. Destaques para ”Teenage lament” e a faixa título que é demais. “Welcome To My Nightmare” é marcado com Alice só, sem os músicos com o qual havia trabalhado antes. É um album sobre pesadelos, cada música é um pedaço de sonho. Delirante todas as faixas fazem dele um trabalho puramente conceitual. É nesse disco que estréia o mascote Steven, que sempre apareceria de alguma maneira em algum álbum, seja nas letras ou no encarte.
“Goes to Hell” mescla blues e jazz. A lá Frank Sinatra. ”Some folks” do “Welcome…” tem essa pitada, mas esse album está mais gangster. ”Give the kid a break” é uma amostra disso, e por outro lado, ”I never cry” inicia o lado romântico de Alice Cooper.
Se “Goes to Hell” foi um album meio gangster, “Lace & Whiskey” faz você sentir o Dick Trace, ou Capone. ”You and me” é uma linda balada, alias, Alice escreve lindas baladas. ”It’s hot tonight” é fantástica e tão simples ao mesmo tempo. ”My God” é uma musica mais gospel mesmo, porém maravilhosa. Alice sempre surpreende.
Nesta época, Alice é internado em um manicômio graças so uso abusivo de álcool. Quando saiu de lá colocou em prática algumas composições que foram inspiradas na sua internação em “From the Inside”. ”How you gonna see me now” é a musica que resume o álbum. Alice estava com medo da reação de sua mulher (que era bailarina da turnê ”Welcome to my nightmare”), a belíssima Sharon. Estava com medo de como ela veria ele estando sóbrio e fez essa canção como uma carta, um pedido de segunda chance. Bom, deu certo, os dois continuam aí. Maravilhosa balada que quando cantada ao vivo, Alice está segurando uma mala nas mãos, dizendo so mesmo tempo ”estou voltando” e ”vou embora”.
“Flush the Fashion” é um álbum maluco com um clima mais eletrônico. Temos a ”Clones (We’re All)” como principal sucesso. “Special Forces” é outra demência do louco Alice pondo todo seu lado experimental pra fora, todo seu lado artista, porém em um estilo menos eletrônico que “Flush”, destaques para ”Seven & Seven Is” que é uma regravação de uma canção bem antiga e ”You’re a movie” que tem um som hipnótico demais e a letra e muito boa.
Se os trabalhos anteriores haviam sido ousados, esse “Zipper Catches Skin” é outro no mesmo pico. Só que pende mais pro lado da paródia como em ”I’m Alive (That Was The Day My Dead Pet Returned To Save My Life)”. Vale a pena ouvir. Blablabla, opa, é DaDa. Destaques para ”Dyslexia” e ”Scarlet And Sheba”. É um disco bem Salvador Dali, que Alice conheceu nos anos 70.
“Constrictor” é a volta ! Aliás, a ida to mestre ao hard rock supremo. Fantástico album! ”Simple Disobedience” e ”The World Needs Guts” são duas pérolas desse trabalho fenomenal que abriu a Tia Alice mais ainda para o mundo, com turnês a lá anos 70. Foi o segundo auge.
Mantendo o estilo do antecessor, porém bem mais pesado, “Raise Your Fist and Yell” agrada a tudo e todos. Solos perfeitos e velozes e a voz de Alice, óbvio, sempre agressiva. Impossível não vibrar com ”Step On You”. E se o último álbum havia sido a volta, “Trash” foi a revolta! Sim! Álbum menos pesado que o anterior porém mais comercial e com participações especiais de Desmond Child, Bon Jovi em ”Trash” e Steven Tyler em ”Only my heart talking”, linda balada com solos vocais de Tyler e Cooper no fim. Imperdível.
Mas não acaba por aqui: se o álbum anterior foi a revolta, esse “Hey Stoopid” é a íra, a recontravolta. Repare nas participações: Ozzy (na faixa título), Satriani, Slash, Steve Vai e Nick Sixx em varias faixas. Esse álbum é uma síntese de tudo o que Alice Cooper é, todo seu mundo.
Agora entra em cena outro trabalho conceitual de Tia Alice, é o “The Last Temptation” que foi inspirado em histórias em quadrinhos dele mesmo. O gibi também foi vendido em varios volumes. Confira essa viagem começando num parque de diversões com crianças inocentes e assustadas (SideShow) e terminando na ida ao inferno do mal (Cleansed By Fire). Participação de Steve Cornell em ”Stolen Prayer” e destaque para ”It’s me”, outra linda balada.
“Brutal Planet” começa a era de dois álbuns com histórias que se completam. Falam do mundo atual. Esse album, assim como “Dragontown”, são pesadíssimos e contam com o produtor Bob Marlete. Muito bom e muito diferente de tudo o que você ouviu de Alice. Vale a pena. Do Brutal vale a ”Sanctuary” que é perfeita e para ”Gimme” que conta com os Backstreet Boys Cover no clipe… explodindo no final! Do Dragontown ouça ”It’s Much Too Late” que é uma perfeita paródia da vida mesma que muitos de nós leva, sem realmente viver. Temos ”Disgraceland” que é um jazz muito do gostoso e com a perfeita voz e interpretação do mestre. Ressalto as baladas ”Take It Like A Woman” do Brutal e ”Every Woman Has A Name” do Dragon. Quando se fala em Alice, fala-se de um monstro com coração em que suas baladas são fantásticas. E, detalhe, raramente ele menciona a palavra ”love” nessas musicas.
Após uma pequena pausa, é lançado “The Eyes of Alice Cooper”, com um som bem Detroit, bem garagem, bem inicio de qualquer excelente banda. Destaques para a balada com levada blues, ”Be With You Awhile” (to falando que o cara sabe compor coisas lindas), ”The House is Haunted” que parece (e deveria ser!) trilha de filme de terror. Ressaltei aqui mais o próprio Alice Cooper, mas não nos esqueçamos que todos os musicos, produtores e empresários que estiveram com ele foram muito competentes e fiéis até onde puderam. Dick Wagner e Bob Ezrin são alguns deles. Palmas para todos eles também.
Interpretação digestiva aqui, opiniôes como aqui vemos dão motivação ao indivíduo que ler neste sítio !!!
ResponderExcluirRealiza muito mais deste blogue, a todos os teus cybernautas.