Quando
o assunto é Death Metal, até mesmo os maiores headbangers que curtem
variações distintas dentro do vasto mundo do metal exitam em dar sua
opinião sobre este gênero tão extremo. Quando conseguimos sanar as
dúvidas que as pessoas carregam sobre a construção musical do Death
temos então que vencer o próximo estágio. Sanar as dúvidas sobre as
letras.
Dependendo da banda as letras variam desde temas politizados como as letras da banda K.A.S.K, ou até a mais grotesca perspectiva sobre a corrupção da carne humana do Cannibal Corpse. O dificil não é fazer com que as pessoas consigam se sentir seduzidas pelas composições do Chuck Shuldner, por exemplo, mas tente convencer alguém de que as letras do Dying Fetus são poéticas!
Mas aqui, neste ponto eu faço uma colocação: Death Metal também é poesia.
Não foi somente o Chris Bernes quem escreveu sobre cabeças sendo esmagadas por martelos, ou vermes em orifícios anais e outras escatologias. Também o fez, muito antes, o nosso grande escritor Augusto dos Anjos, como no seguinte trecho retirado de um poema chamado “Psicologia do vencido”:
“Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!”
Este não um único trecho dedicado aos pensamentos mais sombrios como muitos podem pensar. Na verdade, Augusto dos Anjos dedicou quase toda a sua obra a falar desses temas bizarros dentro da estética modernista, se não me engano.
Dependendo da banda as letras variam desde temas politizados como as letras da banda K.A.S.K, ou até a mais grotesca perspectiva sobre a corrupção da carne humana do Cannibal Corpse. O dificil não é fazer com que as pessoas consigam se sentir seduzidas pelas composições do Chuck Shuldner, por exemplo, mas tente convencer alguém de que as letras do Dying Fetus são poéticas!
Mas aqui, neste ponto eu faço uma colocação: Death Metal também é poesia.
Não foi somente o Chris Bernes quem escreveu sobre cabeças sendo esmagadas por martelos, ou vermes em orifícios anais e outras escatologias. Também o fez, muito antes, o nosso grande escritor Augusto dos Anjos, como no seguinte trecho retirado de um poema chamado “Psicologia do vencido”:
“Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!”
Este não um único trecho dedicado aos pensamentos mais sombrios como muitos podem pensar. Na verdade, Augusto dos Anjos dedicou quase toda a sua obra a falar desses temas bizarros dentro da estética modernista, se não me engano.
Notem a semelhança:
Que tal algo mais familiar? Edgar Allan Poe:
“A "Morte Escarlate" havia muito devastava o país. Jamais se viu peste tão fatal ou tão hedionda. O sangue era sua revelação e sua marca - a cor vermelha e o horror do sangue. Surgia com dores agudas e súbita tontura, seguidas de profuso sangramento pelos poros, e então a morte. As manchas rubras no corpo e principalmente no rosto da vítima eram o estigma da peste que a privava da ajuda e compaixão dos semelhantes. E entre o aparecimento, a evolução e o fim da doença não se passava mais de meia hora.”
Ok. Este último não foi um poema, mas um trecho do texto “A máscara da morte escarlate”. Mas basta pesquisar que você encontrará poemas obscuros de autoria do Poe. Este também dedicou toda sua obra a total morbidez.
Provado já está que Death Metal pode ser poético em toda a sua bizarrice. Agora, ainda sim as pessoas possuem uma resistência tamanha em prestar atenção à proposta dessas bandas citadas no inicio do texto, que de cara negam toda uma estética bem comportada e lugar comum com uma produção mais rica e mais original que muito gênero raso espalhado por aí.
As críticas nunca passam de um: “nossa, não entendo nada do que falam” ou “vish, música de maníaco” ou até mesmo “caramba cara, essas guitarras estão emboladas demais pra mim!”
Não quero me demorar nesse post, e não tenho muita coisa a dizer a não ser: É PRECISO MAIS DEATH METAL
“A "Morte Escarlate" havia muito devastava o país. Jamais se viu peste tão fatal ou tão hedionda. O sangue era sua revelação e sua marca - a cor vermelha e o horror do sangue. Surgia com dores agudas e súbita tontura, seguidas de profuso sangramento pelos poros, e então a morte. As manchas rubras no corpo e principalmente no rosto da vítima eram o estigma da peste que a privava da ajuda e compaixão dos semelhantes. E entre o aparecimento, a evolução e o fim da doença não se passava mais de meia hora.”
Ok. Este último não foi um poema, mas um trecho do texto “A máscara da morte escarlate”. Mas basta pesquisar que você encontrará poemas obscuros de autoria do Poe. Este também dedicou toda sua obra a total morbidez.
Provado já está que Death Metal pode ser poético em toda a sua bizarrice. Agora, ainda sim as pessoas possuem uma resistência tamanha em prestar atenção à proposta dessas bandas citadas no inicio do texto, que de cara negam toda uma estética bem comportada e lugar comum com uma produção mais rica e mais original que muito gênero raso espalhado por aí.
As críticas nunca passam de um: “nossa, não entendo nada do que falam” ou “vish, música de maníaco” ou até mesmo “caramba cara, essas guitarras estão emboladas demais pra mim!”
Não quero me demorar nesse post, e não tenho muita coisa a dizer a não ser: É PRECISO MAIS DEATH METAL